TEMÁTICAS TRATADAS AQUI

SÃO TANTOS OS TEMAS IMPORTANTES E INTERESSANTES NA ÁREA... SE NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2012 PROPUS UM RECORTE EM TORNO DA ALFABETIZAÇÃO/ LETRAMENTO, DE SETEMBRO 2012 A FEVEREIRO 2013 A QUESTÃO FOCAL FOI A PRIMEIRA INFÂNCIA. ASSIM SENDO, A PARTIR DE ENTÃO O PAPO VAI SER OUTRO... TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO - PODE? APROVEITEM! =)



terça-feira, 21 de maio de 2013

“Mas as crianças gostam” ou repertórios de games educativos...


Mais um post da parceira de Xmile, Juliana Uggioni. Aproveitem! =)
“Temos um grupo de estudos, Ianderecó, que se reúne uma vez ao mês, para discutir temas relacionados à díade educação-tecnologia. A “tarefa de casa” do nosso último encontro foi fazermos análises de sites de jogos educativos disponíveis no mercado.
Neste encontro, muitas observações foram levantadas por mim e minhas colegas, como: músicas extremamente irritantes, cenários esteticamente pobres, propostas nada desafiadoras, jogabilidade zero… O que, infelizmente, não foi surpresa para nós, pois esses sites de jogos ditos “educativos, interativos e lúdicos”, com uma proposta inovadora, transgressora e diferente da escola [tradicional – tão criticada por muitos], não passam muitas vezes de meras cópias dos “livrinhos de atividades” vendidos em bancas e mercadinhos.
Neste processo de análise, me lembrei do texto intitulado Mas as crianças gostam! Ou, sobre gostos e repertórios musicais”, de Luciana Esmeralda  Ostetto, que traz uma pesquisa sobre o repertório musical na educação infantil. A autora analisou as músicas que as professoras utilizam em sala com as crianças, e percebeu que o repertório musical era fundamentalmente Xuxa, Rouge, Tcham… E as justificativas para a utilização deste repertório eram sempre as mesmas: “porque as crianças gostam”. Em contrapartida, Ostetto defende que “se tomarmos por referência um processo educativo em que o direito a infância e à educação infantil de qualidade estejam pautados como base e horizonte de toda ação pedagógica, diremos que respeitar é acima de tudo comprometer-se com as crianças, por inteiro. Significa, portanto, saber ouvir o outro, num exercício de interlocução, buscando a compreensão do que está sendo dito em gestos, palavras, atitudes para então colocar em relação os significados emergentes, permitindo a reconstrução de sentidos.
 Seguindo o “conselho” de Luciana, levei para as crianças da Escola Faria Brito - RJ, que fazem parte da nossa pesquisa da Xmile, opinarem sobre os sites que analisamos. Será que elas gostam? E nas palavras de Luciana: “E, se gostam, como discutir, criticar, propor outra coisa, diferente?”
As crianças entraram nos sites e escolheram os jogos de suas preferências e deram opinião sobre eles. Resumo da conversa: a primeira reação foi desligar a música [aquilo é música?!], só jogaram uma vez, perderam o interesse rapidamente, e acharam muito fáceis e sem criatividade.
Talvez, caibam dois alertas: nem tudo que achamos que as crianças gostam, elas realmente gostam; e, também, para gostar, as crianças têm que ter um repertório amplo de experiências que as permitam ter opções do que gostar ou não, e isso cabe a nós, pais e educadores proporcionar. =)”
Valeu, Juli!
E aí, pessoal? Vamos debater, discutir, comentar? E, depois, aguardem o próximo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário