TEMÁTICAS TRATADAS AQUI

SÃO TANTOS OS TEMAS IMPORTANTES E INTERESSANTES NA ÁREA... SE NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2012 PROPUS UM RECORTE EM TORNO DA ALFABETIZAÇÃO/ LETRAMENTO, DE SETEMBRO 2012 A FEVEREIRO 2013 A QUESTÃO FOCAL FOI A PRIMEIRA INFÂNCIA. ASSIM SENDO, A PARTIR DE ENTÃO O PAPO VAI SER OUTRO... TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO - PODE? APROVEITEM! =)



sábado, 29 de dezembro de 2012

Partilhando Programas para a Primeira Infância - parte 3

Mais programas resumidos pela Marta Sampaio! Desta vez, com "porta de entrada" na Educação...


Projeto: Programa Nota 10
Executor: Secretaria de Educação da Prefeitura de Jundiaí / SP
O objetivo do Programa Nota 10 é garantir que todo o aluno chegue aos 8 anos plenamente alfabetizado. Para as crianças de 0 a 3 anos instituiu-se o Programa Berço da Educação, que resignificou o conceito de creche assistencialista, para a espaço de cuidado e educação no qual são desenvolvidas atividades lúdicas e simbólicas e onde a criança tem autonomia.
Para as crianças de 3 a 5 anos adotou-se o Projeto Ciranda. Esse projeto faz uso de  material gráfico e bonecos para as atividades nas áreas de linguagem, matemática, natureza, arte e movimento. Espera-se que as crianças alcancem o estágio “silábico com valor” ou esteja pré-alfabetizadas ao final do ciclo, ou seja, com 5 anos.
Além desses dois projetos formais a prefeitura também implantou outros programas que podem atender à primeira infância: o “Brincadeiras Literárias”; e o “Educação Ambiental”. O programa "Brincadeiras Literárias" reúne três projetos de incentivo à leitura, destinados a crianças de 0 a 6 anos:
1 - Combinado, uma história a cada lado: projeto realizado dentro de uma van. O veículo foi adaptado e virou uma biblioteca, que vai até as escolas, criando um espaço de descoberta e intimidade com os livros. Objetiva despertar, em crianças de zero a três anos, o prazer de ouvir histórias e desenvolver nos alunos da rede municipal o gosto pela leitura, como uma forma divertida de aprender, interagir e socializar. Ocorre de manhã, às 8h, e a tarde, às 13h30. As escolas agendam as visitas através de e-mail.
2 - Doce de letras: acontece nas unidades escolares, com a presença de uma contadora de histórias. É voltado para crianças de 4 a 5 anos da rede pública municipal. Pretende fazer com que as crianças percebam os encantos da leitura. Ocorre de manhã, às 8h, e a tarde, às 13h30. As escolas agendam as visitas através de e-mail.
3 - Roda-lelê – histórias na TV: programa de contação de histórias que vai ao ar pelo canal 6 (TVE Jundiaí). É voltado para crianças de todas as idades, seus pais, avós e amigos. Todos podem enviar histórias através de e-mail. Objetiva reunir em torno de histórias a criança, sua família e amigos, fazendo cada um ouvir e até contar suas preferidas ao longo do tempo, recriando lembranças e laços de afeto. Ocorre a cada quinze dias, toda terça, às 11h30. O público também pode conferir uma nova edição e as reprises nas terças-feiras às 15h30, e às quintas-feiras às 11h30, e às 15h30.
Há ainda o Projeto Mundo das Descobertas, também dirigido à crianças  de 0 a 5 anos mas, com o objetivo de estimular as habilidades das crianças através do uso de materiais manipuláveis e também  de um computador voltado para elas.
Na área ambiental, há o Programa de Educação Ambiental, que engloba vários outros, dependendo da faixa etária. Para os alunos da educação infantil, há o Projeto Jardim da Infância, que transforma os jardins das escolas em campo de estudo para alunos de quatro a cinco anos da rede municipal. Este projeto espera enriquecer a aprendizagem, dando subsídios concretos para análise desses microecossistemas. Ocorre de segunda a sexta-feira, manhã e tarde. As próprias escolas realizam o trabalho com as crianças.
Projeto: Programa Asas da Florestania
Executor: Governo do Estado do Acre, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação, Secretarias Municipais de Educação de Brasiléia e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação
O Programa Asas da Florestania, criado em 2005, tem como objetivo levar educação básica às comunidades isoladas (reservas extrativistas, margens de rios e em assentamentos) em sua própria residência. Quando foi lançado, visava atender do 6º ao 9º ano, mas em 2008 foi ampliado para o ensino médio. No ano seguinte, 2009, também passou a oferecer educação infantil com o nome de Asinhas da Florestania.
Umas das principais características do Asinhas da Florestania é oferecer uma proposta pedagógica voltada especialmente para o público-alvo e adequado ao contexto daquela comunidade e com calendário específico. O atendimento é domiciliar e o material pedagógico, produzido de acordo com a proposta do programa. Está estruturado em seis módulos, com 20 encontros. Cada encontro acontece duas vezes por semana, com duas horas e meia de duração. São realizados dois encontros semanais na residência de cada criança com vários métodos que facilitem o ensino-aprendizagem dos mesmos. Cada agente atende crianças de aproximadamente 10 famílias, dependendo da distância entre as residências. Atualmente são 181 agentes educacionais.
Para o agente educacional do Programa Asinhas da Florestania são exigidos ensino médio, residir de preferência na comunidade que atuará e ter no mínimo 18 anos. Em 2009, eram 123 comunidades atendidas; e em 2011 o número aumentou para 260 comunidades.
O Asas da Florestania conta com o apoio da Fundação Roberto Marinho e do Instituto de Desenvolvimento da Educação Profissional Dom Moacy.
Projeto: BAÚ DE LEITURA
Executor: Movimento de Organização Comunitária (MOC) / BA e SE
O projeto Baú de Leitura teve início em 1999 por iniciativa do Movimento de Organização Comunitária (MOC) como estratégia complementar no combate ao trabalho infantil e ao analfabetismo na zona rural. Além de incentivar a leitura lúdica e reflexiva, as crianças passaram a ter acesso à escola, às artes e aos esportes por meio do projeto.
O Baú de Leitura tem contribuído para a melhoria da qualidade da educação e para o fim da evasão escolar, uma vez que as aulas tornam-se mais prazerosas para as crianças. O Projeto busca sensibilizar os gestores para a construção de educação de qualidade nas escolas da zona rural, de forma a garantir o direito das crianças ao acesso e à permanência na educação básica universal.
Desenvolvido de forma participativa, o Projeto Baú de Leitura envolve famílias e comunidade, com foco em crianças de 6 a 16 anos. Os educadores são professores da rede pública que durante um período da semana reúnem-se com os alunos para praticar o exercício da leitura sobre diversas formas: leituras em grupo, apresentação de estórias, música e teatro. Essa maneira de ensinar tem incentivado a criatividade e despertado as crianças para a importância da alfabetização.
Além da leitura, os alunos realizam atividades como desenhos, dramatizações, teatro de fantoches, paródias, poesias, músicas e textos. Após as atividades, os educadores aprofundam a estória com os alunos, contextualizando-a ou colocando-a na relação com o mundo e a realidade.
As escolas recebem um baú com uma coleção de 45 livros diferentes e material didático. A ideia é que dentro de um município os baús se tornem itinerantes entre as escolas, para todas as crianças terem acesso. Ao todo, são mais de 38 mil livros de literatura infantil e juvenil circulando nas escolas. São mais de 1.100 Baús de Leitura em 1.100 salas de aulas da zona rural do semiárido. Participam do projeto cerca de 1.200 educadores e mais de 25 mil crianças. Já foram constituídos 40 Núcleos de Leitura em 60 municípios da Bahia e estão sendo implantados outros Núcleos em 40 municípios de Sergipe.
E BOM ANO NOVO PARA TOD@S!!!! 
QUE VENHA 2013!! =)

sábado, 22 de dezembro de 2012

Partilhando Programas para a Primeira Infância - parte 2

Da mesma maneira que na semana passada partilhamos experiências cuja "porta de entrada" era intersetorial, alguns programas, embora mantenham seu caráter interdisciplinar, têm uma área específica como "porta de entrada". Os programas abaixo resumidos têm sua entrada pela via da assistência.

Mais uma vez, agradeço à Marta Sampaio por tê-los resumido... :)


Projeto: Naves mãe
Executor: Secretaria Municipal de Educação de Campinas / SP
Nave Mãe é um projeto desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Campinas (2007) voltado para crianças de classes populares que moram em regiões do município que possuem alta densidade demográfica e ficam localizados em regiões periféricas da cidade. Seu objetivo é educar e preparar as crianças socialmente mais vulneráveis por meio da Pedagogia dos Sentidos. 
As unidades são cogeridas por instituições assistenciais, em uma iniciativa de parceria entre o governo e terceiro setor. Para subsidiar juridicamente o projeto, a Câmara Municipal aprovou, em 4 de abril de 2007, a Lei Municipal nº 12.884.
As Naves-Mãe têm capacidade para atender até 500 crianças de 04 meses de idade até os 05 anos e 11 meses de idade.  São duas as faixas etárias contempladas com período integral (almoço e jantar): a de 04 meses até 01 ano e 05 meses; e a de 01 ano e 06 meses de idade até os 03 anos. As crianças de 03 anos e 01 mês de idade até os 05 anos e 11 meses são atendidas em período parcial de 5 horas com direito a almoço e um lanche.
 Além de atividades para os pequenos, as Naves-Mãe também oferecem aulas de cursos profissionalizantes e de Educação de Jovens e Adultos (EJA) para mães e toda a comunidade próxima às unidades.
Hoje são 14 as unidades já entregues pela Administração Municipal, sendo que mais uma será inaugurada no início de 2012 e outras 8 serão construídas pela Prefeitura em parceria com o governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).
O Museu Exploratório de Ciências da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) propõe regulamente intervenções no pátio da escola para despertar a criança para a ciência, de maneira lúdica e interativa. A estrutura física dessas intervenções é permanente, o que possibilita o contato constante e a incorporação às brincadeiras. O local é isolado das salas de aula e não interfere na rotina da escola.
Projeto: Programa Agitar
Executor: Associação Amigos da Criança / BH
A Associação Amigos da Criança – Fazenda da Criança (AAC) é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 1998, com o objetivo de possibilitar às crianças e adolescentes de 0 a 17 anos condições para desenvolver suas potencialidades e cidadania.
Através de atividades culturais, de educação ambiental e profissionalizante, a entidade procura mostrar às crianças novas maneiras de enxergar e lidar com as situações da vida, da convivência com a família e comunitária, de afetividade, do trabalho em equipe, do direito à escolha, tudo isto visando o despertar pelo interesse profissional, resgatando a autoestima de cada um.
Atuando no Aglomerado da Serra, um dos locais de maior vulnerabilidade social de Minas Gerais, em parceria com a Escola Municipal Prof. Edson Pardi, a ONG desenvolveu o Programa Agitar que funciona aos domingos, de 14h30 às 17hs, com a colaboração de voluntários que desenvolvem atividades de recreação, educativas, musicais, esportivas, profissionalizantes e de nutrição para os participantes.
O Programa Agitar proporciona ambiente seguro e saudável às crianças e adolescentes dando margem ao seu desenvolvimento como pessoas inseridas nos princípios de cidadania que devem nortear as boas relações do indivíduo com a sociedade.
Projeto: Peers Early Education Partnership (PEEP)
Executor: PEEP org. UK
O Programa PEEP (Parents Early Education Patnership) foi criado em 1995 em uma área de vulnerabilidade social. É um programa de intervenção na aprendizagem dos primeiros anos que trabalha com pais e crianças desde o nascimento até a idade de 5 anos.
O PEEP tem como objetivo aumentar a participação de pais e cuidadores no desenvolvimento e aprendizagem de seus filhos pequenos. O programa dá suporte para que os pais/cuidadores possam desempenhar o papel de primeiros educadores.
O programa é baseado no sistema (ORIM) que reconhecem que as crianças se beneficiam de: Oportunidade de aprender; Reconhecimento e apreciação de seus esforços e de suas conquistas; Interelação com adultos para falar sobre o que fazem, sabem e sentem e Modelagem pelos adultos de comportamentos atitudes e atividades.
O programa oferece muitos tipos de atividade diferentes que são desenvolvidas em casa ou durante uma reunião de grupo ou numa sessão PEEP.
As reuniões de grupo ocorrem em centros de saúde, escolas, centro de atividades. São geridas por um coordenador e um cocoordenador e duram de uma a duas horas uma vez por semana. O grupo é formado por no máximo 12 famílias.
O programa também visa melhorar o desenvolvimento da autoestima dos bebês e crianças, bem como o desenvolvimento de uma atitude positiva para com a aprendizagem. Propõem-se ainda a desenvolver a linguagem, o letramento e o aprendizado dos números e o desenvolvimento físico.
Desde a sua criação, a PEEP foi submetido a um processo de evolução e aperfeiçoamento em todas as facetas do programa, um processo que culminou com o Programa Aprender Juntos.
A primeira fase do programa, PEEP Precoce, tem três níveis (para bebês; crianças menores de um ano; e crianças com 2 anos) e a segunda tem dois (para crianças de 3 e 4 anos). Cada nível PEEP é adaptado para o estágio de desenvolvimento das crianças por idade, e cada um tem um currículo diferente e materiais para o uso de famílias em casa. 
Hoje, o Programa “Aprender Juntos” disponibiliza treinamento e apoio a profissionais que trabalham com famílias em todo o Reino Unido e também no exterior.
Projeto: Aprender em Parceria
Executor: Associação A PAR
Inspirado no Programa PEEP (Peers Early Education Partnership), criado em 1995 na cidade de Oxford (Reino Unido), o programa Aprender em Parceria em Portugal tem com o objetivo melhorar as oportunidades de vida das crianças pequenas, residentes em áreas de vulnerabilidade social e ajudar as famílias a melhorarem seu nível socioeconômico. Assim é, ao mesmo tempo, um Projeto de Educação da Infância e um Projeto de Capacitação Familiar.
A Associação A PAR cria oportunidades de desenvolvimento e aprendizagem para crianças dos 0 aos 6 anos, sempre através de um trabalho de estreita parceria com pais e cuidadores. Apoiando-os em seu papel como primeiros e mais importantes educadores .
A PAR objetiva o desenvolvimento de vínculos afetivos seguros e positivos entre pais e filhos; o aumento da consciência dos pais para as necessidades dos filhos em cada etapa do seu desenvolvimento; o desenvolvimento da autoestima, tanto das crianças como dos seus pais e cuidadores; a criação de predisposições positivas para a aprendizagem nas crianças e o desejo dos pais e cuidadores de continuar a aprender ao longo da vida. Propõe ainda ações para o aumento dos níveis de letramento e conhecimento numérico; a criação de redes sociais de suporte mútuo entre as famílias, dentro de cada comunidade onde o programa se insere.
O funcionamento do projeto é flexível e pode adaptar-se as necessidade locais. Contudo, existe uma forma convencional de atendimento através de sessões semanais gratuitas para famílias e as suas crianças, num ambiente com atividades lúdicas e diálogos com os pais sobre temáticas relacionadas com a educação dos seus filhos. Essas sessões realizam-se em espaços cedidos por instituições da comunidade, tais como: Creches, Jardins de Infância, Escolas do 1º Ciclo, Centros de Desenvolvimento Comunitário e outros. As reuniões são conduzidas por um Líder (licenciado) e apoiado por um Assistente (preferencialmente proveniente do território de implantação). Todos os técnicos A PAR recebem formação inicial e contínua, bem como supervisão A PAR ao longo do funcionamento do grupo. 
Existem ainda os encontros informais de sensibilização que consistem em abordar as famílias em contextos mais informais e menos estruturados, tais como salas de espera de maternidades, para orientá-las e informá-las de grupos A PAR que acontecem na zona de residência da família.
Finalmente, o programa A PAR em casa tem como objetivo vencer a resistência de alguns pais. Neste último formato podem ocorrer várias visitas dependendo das necessidades identificadas.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Partilhando programas para a Primeira Infância - parte 1

Cá estou eu de novo! Desta vez para iniciar uma estratégia de partilhar com vocês alguns dos materiais sobre os quais ando debruçada - programas voltados à Primeira Infância. Como estou, até final de fevereiro, com uma consultoria da UNESCO junto à Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, para a avaliação do Programa Primeira Infância Completa - PIC, uma das etapas foi pesquisar diferentes experiências, no Brasil e no mundo, voltadas a esta faixa etária.

Para isso, contei com a ajuda da Marta Sampaio que levantou e resumiu seus achados que aqui partilho com tod@s. As que trago hoje são experiências intersetoriais desenvolvidas na Colômbia, Reino Unido e Itália. 

Aproveitem! Semana que vem coloco outras tantas... :)

Projeto: Buen Comienzo
Executor: Município de Medelín / Colômbia
O Programa Buen Comienzo é um projeto do Município de Medelín no qual saúde, educação, nutrição e recreação são os 4 componentes básicos. É destinado às crianças menores de 6 anos que se encontram nos níveis I, II e III do Sistema de Identificação e Classificação de Beneficiários Potenciais dos Programas Sociais (SISBEN). Seu objetivo básico é promover o desenvolvimento integral das crianças de 0 a 5 anos que se encontram em situação de vulnerabilidade social.
As crianças beneficiadas recebem atenção integral de pedagogos, psicólogos, nutricionistas, médicos, assim como têm acesso a atividades desportivas e recreativas numa articulação entre as Secretarias de Bem Estar Social, Educação, Saúde e INDER.
A administração municipal de Medelín destina valores a entidades especializadas em educação básica para que prestem os serviços educativos em suas instalações e para que assessorem creches e deem acompanhamento pedagógico a educadores, crianças e famílias.
O Programa conta com 53 prestadores de serviço que tem 501 sedes de funcionamento onde garantem os recursos humanos necessários para dar atenção integral às crianças de acordo com o que está estabelecido na Resolução 10633, de 2009, na qual se especificam para cada modalidade de atendimento a quantidade de professores, auxiliares, coordenadores pedagógicos, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais e outros que devem cuidar das crianças beneficiárias.
Os espaços destinados ao atendimento estão equipados, de acordo com a modalidade de atendimento, com material didático para desenvolver as linguagens de expressão que possibilitem a mediação entre as crianças e seus pares, com os agentes educativos, com o mundo dos objetos e o meio que os rodeia promovendo o desenvolvimento de suas competências.
Os recursos do Programa são provenientes do Estado: representados pela prefeitura de Medelín; e a nível nacional, pelo Ministério da Educação Nacional.
Atualmente o Programa atende a 37.876 crianças desde a gestação até os 5 anos, nas modalidades: Entorno Institucional, Entorno Familiar, Entorno Comunitário, Jardins de Infância, e ludotecas. Estima-se que ao fim de 2011 o projeto seja oferecido a 82.515 crianças que se encontram nos níveis I e II do SISBEN.
Pistoia
Município de Pistoia/ Itália
Mesmo havendo diferenças entre as escolas de infância italianas, a maioria tem em comum algumas concepções educativas: a conotação da pré-escola como ambiente educativo, uma escassa ênfase na aprendizagem precoce da leitura, da escrita ou do cálculo, a existência de formas de participação dos pais na vida e na gestão da escola.
Na cidade de Pistoia existe uma multiplicidade de serviços para crianças. Tais serviços servem a propósitos diversos, inclusive em relação às diferentes idades das crianças, mas estão inseridos dentro de um projeto coerente social e educacionalmente destinado a melhorar o potencial de desenvolvimento de todas as crianças e apoiar os pais no seu dever de cuidado e educação.
As principais ofertas são as Creches Públicas e as escolas da infância. As creches, para crianças de 0 a 3 anos, são vistas como lugar de crescimento, bem estar e aprendizagem para as crianças. São geridas pelo governo local e têm como objetivo ajudar as famílias em suas tarefas de cuidado com as crianças.  Na Escola da Infância (crianças de 3 a 6 anos) não há preocupação com o aprendizado formal, mas em permitir que as crianças se expressem livre e criativamente através da organização de jogos de grupo e jogos espontâneos e momentos de partilha de vida cotidiana. 
Apresentado à cidade em maio de 1996, o projeto A cidade educadora Pistoia amiga das crianças e dos jovenspretende recuperar o papel central do espaço urbano na vida da coletividade e, em particular, das crianças, as quais frequentemente são obrigadas a passar o tempo livre nos ambientes domésticos. Aqui estão alguns exemplos de ações já em uso:
A cidade em jogos: apresenta programações nos fins de semana para crianças e jovens em jardins, edifícios históricos, museus locais, ruas e praças com muitas e variadas propostas de encontros.
Sinalização especial: Esses sinais identificam lugares dedicados a atividades educacionais de jogo e movimento (jardins, escolas, ginásios, bibliotecas, piscinas) podem ser facilmente identificados e reconhecidos por crianças, que podem então “ler” mais facilmente a cidade.
- Lojas amigas das crianças: a placa com a imagem de um ursinho de pelúcia sorridente que é o  símbolo da cidade de Pistoia identifica lojas dispostas a ouvir e atender as necessidades das crianças em seu caminhar pela cidade.
- O ludobus: um velho ônibus escolar da garagem da Prefeitura foi transformado, tanto por fora quanto por dentro, em um meio para veicular propostas de jogos e de aprendizagem mesmo nos locais mais distantes da cidade.

Projeto: Centros Infantis Sure Start
Executor: Departamento de Educação do Reino Unido

Toda criança entre 3 e 4 anos tem direito a 15 horas  de educação gratuita pelo período de 38 semanas por ano. Esse serviço está disponível em creches (nursery school), centros infantis, playgoups, pré-escolas ou ainda na casa de seus cuidadores.
Os Centros Infantis Sure Start são centros de prestação de serviços integrados para as crianças e suas famílias. Seus serviços estão disponíveis desde a gravidez até o momento em que seu filho vai para a aula de recepção na escola primária.
É um lugar aonde seu filho pode fazer amigos e aprender com eles jogando. Você pode obter aconselhamento profissional sobre questões de saúde e da família, aprender sobre o treinamento e oportunidades de emprego ou apenas socializar com outras pessoas.
Os centros diferem entre si de acordo com as necessidades locais, contudo há um conjunto básico de serviços que devem ser fornecidos:
• Serviços de saúde.
• Acolhimento de alta qualidade e aprendizagem precoce
• Conselhos sobre paternidade e guarda de crianças, opções de locais e acesso a serviços especializados para as famílias, como a terapia da fala, orientação de alimentação saudável ou ajudar com o gerenciamento de dinheiro
• Ajudar a encontrar trabalho ou oportunidades de treinamento, estabelecendo contato com escritórios locais de trabalho e espaços de formação.

Outros serviços que podem ser oferecidos: consulta com dentista, nutricionista, fisioterapeuta ou agendamento para a clínica 'parar de fumar'. Os centros estão abertos das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, durante todo o ano. Alguns também ficam abertos nos fins de semana

sábado, 8 de dezembro de 2012

REVISITANDO E REALINHANDO O CURRÍCULO NO CICLO DA ALFABETIZAÇÃO

QUERID@S LEITOR@S.

COMO PERCEBEM, ESTOU MAIS DO QUE SUMIDA DO BLOG... O TRABALHO ESTÁ PUXADÍSSIMO, MAS HÁ CONQUISTAS TÃO IMPORTANTES QUE MERECEM SER PARTILHADAS AQUI. 

PARTICIPEI DA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE REFORMULAÇÃO CURRICULAR PARA O CICLO DA ALFABETIZAÇÃO, COORDENANDO  O GT DE ARTE E EDUCAÇÃO FÍSICA. À FRENTE DESTA ORQUESTRA, A "MAESTRA" ARICÉLIA NASCIMENTO, QUE ONTEM ME ENVIA O EMAIL QUE PARTILHO COM TOD@S.

Amigas e amigos

Alegrias são para serem compartilhadas, assim aqui estou para dizer a vocês que ontem (6/12) vivi um dia extremamente significativo em minha carreira profissional neste Ministério da Educação, pois em audiência na Câmara de Educação Básica, no Conselho Nacional de Educação entregamos e apresentamos uma proposta contendo “Elementos Conceituais e Metodológicos para a definição dos Direitos e Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento para o Ciclo de Alfabetização (1º, 2º e 3º) ano do Ensino Fundamental.”

A minha emoção está, também, no fato de que este documento, uma primeira versão, não foi gestado na solidão dos gabinetes do MEC, foi tecido, amorosa, respeitosa e comprometidamente em parceria e com a participação efetiva de diversas Universidades do nosso país; várias Secretarias de educação tanto Estaduais como Municipais; mais de 800 municípios; aproximadamente 3 mil professores diretamente atuantes no Ensino Fundamental (professores alfabetizadores, coordenadores pedagógicos, assessores, técnicos, gestores, professores formadores, professores especialistas das diferentes áreas do conhecimento); Conselhos estaduais e municipais de Educação; UNDIME e a partir da contribuição oriunda de 350 propostas  curriculares em vigor nos diferentes estados e municípios brasileiros. Consideramos esse espaço de construção coletiva e de representação democrática primordial, pois “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.” (Paulo Freire).

É um primeiro passo de muitos outros, “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.” (Paulo Freire). Com essa certeza  aguardamos o posicionamento do CNE e a manifestação da sociedade educacional, por meio de audiências públicas que aquele Conselho realizará no primeiro semestre de 2013, para finalmente elaboramos a versão final do citado documento, com agenda para junho do referido ano.

Corroboro com o nosso Mestre Paulo Freire de que “Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade.” Assim, preciso registrar que não se trata de um currículo mínimo ou básico, eu não coordenaria este trabalho se fosse com esta finalidade, o Brasil não precisa de um documento desta natureza, seria ferir a liberdade e um desrespeito a diversidade nacional. Mas não podemos cruzar os braços diante do analfabetismo e das desigualdades de acesso ao conhecimento escolar. Tenho a convicção de que precisamos assegurar a cada menina, a cada menino, a cada estudante do Ensino Fundamental o Direito a apropriação, ampliação e consolidação, quando a área permitir, a conhecimentos imprescindíveis para sua formação integral e cidadã, pois “Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.”
(Paulo Freire)
Contamos com cada um de vocês nesta bonita, complexa e importante tarefa!!!
Abraços amorosos
Aricélia