TEMÁTICAS TRATADAS AQUI

SÃO TANTOS OS TEMAS IMPORTANTES E INTERESSANTES NA ÁREA... SE NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2012 PROPUS UM RECORTE EM TORNO DA ALFABETIZAÇÃO/ LETRAMENTO, DE SETEMBRO 2012 A FEVEREIRO 2013 A QUESTÃO FOCAL FOI A PRIMEIRA INFÂNCIA. ASSIM SENDO, A PARTIR DE ENTÃO O PAPO VAI SER OUTRO... TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO - PODE? APROVEITEM! =)



quinta-feira, 7 de março de 2013

Vamos refletir junt@s sobre algumas propostas de sites educativos? – parte 2

Não sei se leram alguns posts aqui no blog que tiveram a participação da Marta Sampaio. Pois é! Cá está ela de volta, analisando sites educativos e problematizando alguns aspectos. Assim como na postagem passada eu analisei um brasileiro, a série de postagens continua com a análise que Marta fez de um americano criado por uma empresa que está desde 1999 no mercado de conteúdos curriculares animados.
Interessante destacar que eles fazem uma espécie de curadoria de filmes e propostas interativas em 6 diferentes áreas (ciências, saúde, leitura, escrita, matemática e estudos sociais) – claro, baseados no currículo de lá. Mas este site assume que seus personagens vão, na realidade, “introduzir novos temas e ilustrar conceitos complexos”, isto é, a criança-personagem faz o papel do adulto-educador do mundo físico, mantendo a mesma estrutura hierárquica daquele que sabe, explicando para aquele que não sabe.
Na lição analisada, uma menina tem um robô como companheiro e apesar de ele só fazer “Beep”, ele se expressa com expressões básicas (olhar e gestos). É o interlocutor da menina/professora e representa cada estudante. As lições têm uma apresentação muito colorida que lembra os desenhos animados. A voz parece a de uma criança (jovem). A “lição” é tradicional com apresentação, explicação e exemplos. Pode-se pausar a qualquer momento e depois recomeçar. Depois da “aula” existem várias opções de atividades: um jogo; uma atividade para impressão; uma história em quadrinhos; uma brincadeira ou piada; um “painel de palavras”, no qual cada termo essencial da lição é retomada conceitual e separadamente; uma entrada para o professor com ideias sobre a aula e outras atividades; um espaço para a criança desenhar; uma proposta de produção escrita; sugestão de livros, que falam sobre o assunto, para a devida idade; e, finalmente, uma pergunta cuja resposta pode ser escrita ou desenhada. Depois ainda estão disponíveis dois testes: um fácil e outro difícil.
Tomando a aula sobre medição – centímetro, metro e quilômetro – como exemplo:
- jogo: o que é maior que um metro e o que é menor? O estudante então arrasta as imagens para o espaço correto (arrasta e cola). OBS: todos os desenhos são do mesmo tamanho: uma casa, um caracol, um dinossauro, um carro....
- atividade a ser impressa: o sapo está com fome. Use uma régua para levar sua língua até a comida (a cada imagem de sapo um tamanho em centímetros diferente)
- história em quadrinhos: nesta um peixe pergunta ao outro porque ele vai dormir sobre a régua. A resposta: Quero saber quão longo é meu sono.
- brincadeira: jogo de palavras
- Mural de Palavras: definição de metro, centímetro, quilômetro, régua de metro,  e distância
- desenho sobre o assunto: faça um desenho e depois dê as medidas (o desenho é feito no computador e depois impresso para ser medido com a régua).
- escrita sobre o assunto: pede que o aluno diga se concorda ou não com a seguinte afirmativa: Molly disse que há 100 metros em um centímetro. Você concorda? Explique.
- leitura sobre o assunto: lista de títulos de livros infantis.
- pergunta final: numa folha com três colunas, pede que o estudante indique em cada coluna o que pode ser medido em: centímetro, metro e quilometro A resposta pode ser desenhada.
Apesar de o material parecer dialogar com a faixa etária e o conhecimento conceitual apresentado, é como se fosse a reprodução de uma professora dando uma aula. Sem entrar neste post na discussão filosófico conceitual que alicerça as propostas tradicionais aqui formuladas (bem como as tb sugeridas para o trabalho adicional dos professores e professoras), penso que conhecer este site pode nos trazer indagações importantes para o campo tecnológico: por que reproduzir no mundo virtual a mesma estratégia metodológica e as mesmas propostas que se concretizam no ambiente físico dos escolas?
Assunto análogo já foi por mim explorado no blog do Repensando Museus, quando discuto a diferença entre processos de apropriação e produção de conhecimento nos museus físicos e virtuais. O mais rico é poder aproveitar a web para fazer aquilo que no mundo físico não nos é facultado. Poder me aproximar muito dos detalhes de uma pintura, ampliá-la, parti-la, remontá-la... De igual forma, poder aprender os conteúdos escolares de maneira outra, diferentes daquela que as minhas professoras e meus professores já me oferecem em sala de aula cotidianamente... :)
Bom final de semana para tod@s! E fiquem de olho nas próximas postagens...

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