TEMÁTICAS TRATADAS AQUI

SÃO TANTOS OS TEMAS IMPORTANTES E INTERESSANTES NA ÁREA... SE NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2012 PROPUS UM RECORTE EM TORNO DA ALFABETIZAÇÃO/ LETRAMENTO, DE SETEMBRO 2012 A FEVEREIRO 2013 A QUESTÃO FOCAL FOI A PRIMEIRA INFÂNCIA. ASSIM SENDO, A PARTIR DE ENTÃO O PAPO VAI SER OUTRO... TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO - PODE? APROVEITEM! =)



quarta-feira, 22 de agosto de 2012

GT Fundamental Brasil – parte I


Embora o plano hoje fosse fazer uma postagem sobre os ambientes formativos, mais precisamente sobre as imagens visuais nos ambientes escolares, acho importante compartilhar a experiência que vivi (intensamente!) nos dias 15 e 16 passados, em Brasília/DF.

Fui convidada a fazer uma fala sobre a pesquisa que venho partilhando com vocês aqui no BLOG no VI GT Fundamental Brasil – Currículo e Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento para o Ciclo da Alfabetização, organizado pela Coordenação Geral do Ensino Fundamental (COEF), da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação (MEC). O objetivo era que eu fizesse um recorte sobre a “Consolidação do Ciclo da Alfabetização”: como o Ciclo está implantado no Brasil; que pontos se mostram mais positivamente instalados; que percursos ainda vão requerer mais atenção etc. O evento contou com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED) e das Secretarias Municipais de Educação das capitais; com as representações estaduais da União dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIMEs); pesquisadores e convidados, reunindo mais de 120 pessoas no Centro de Eventos e Treinamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio, e pretendeu provocar um debate coletivo dessas diferentes vozes sobre currículo e direitos de aprendizagem e desenvolvimento para o Ciclo da  Alfabetização. 

Feita e desfeita a mesa oficial de abertura, Jacqueline Moll inaugurou a série de conferências com o tema “Educação Integral e o Ciclo da Alfabetização”, começando por apontar a realidade que todos gostaríamos de já ter superado: não estamos, ainda em 2012, garantindo igualdade de condições de acesso e permanência às crianças na Educação Básica – direito assegurado pela Constituição de 1988. Propõe que, para o enfrentamento desta questão, antes de tudo, mudemos nosso olhar para os meninas e meninos: que todos possam vê-la(o)s como sujeitos históricos, sociais e culturais de direito, cidadã(o)s plen(a)os de potências e saberes. Este olhar vai de encontro com o senso comum construído ao longo da história, que segrega e elimina do sistema as crianças mais vulneráveis, alimentando um perverso ciclo de exclusão social.

Jacqueline defende, então, que uma maior permanência na escola, com oferta de propostas dinâmicas, criativas e variadas, planejadas de forma a ampliar e qualificar as condições de acesso das crianças aos conhecimentos científicos, éticos e estéticos – como propõe o Programa Mais Educação (PME) – seja um dos movimentos que vão ao encontro do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). No turno estendido/integral consolidado no PME, mais facilmente os diferentes campos de saber/ áreas de conhecimento se entrecruzam, formando um corpus mais orgânico, que busca atuar junto às crianças em sua inteireza, interferindo, inclusive, em seu rendimento escolar – não apenas porque também oferece às meninas e meninos atividades de apoio progressivo, mas em razão de estimular sua capacidade de resolver conflitos, as desafiar em suas outras potencialidades, fortalecer sua autoestima e seus laços identitários, entre outros aspectos.

Depois de Jacqueline, Telma Ferraz Leal falou sobre “Alfabetização como Direito de Aprendizagem”, destacando a pesquisa realizada que apontou grande influência da perspectiva sociointeracionista nos currículos analisados, sobretudo tendo Vygotsky como interlocutor privilegiado; bem como as teorias de gênero de Bakhtin; a perspectiva construtivista de Piaget e os estudos sobre a psicogênese da língua de Emília Ferreiro – e, ainda, Paulo Freire como marco inspirador de base. A análise dos dados também apontou a ênfase na apropriação do sistema alfabético de escrita, e o trabalho de leitura e produção de textos desde o início do Ciclo. As dimensões de oralidade foram menos evidenciadas nos documentos analisados, pois houve quem entendesse que isto não é necessário ser desenvolvido porque as crianças já sabem falar sua língua materna... L

Telma discorre sobre as tensões e os embates derivados destas diferentes concepções teóricas/conceituais vigentes nesta área; bem como os conflitos acerca dos objetos de ensino e as estratégias metodológicas que se desenvolvem no chão da escola. Defende que é preciso buscar consensos nacionais a fim de estabelecer princípios e parâmetros sobre os quais as políticas públicas possam se alicerçar – e que a noção de direitos é um ponto de partida.

A terceira conferência foi com Viviane Pinto, representante do INEP, mas acredito que melhor será dividir a postagem em partes, de forma que não fiquem muito longas... Acompanhem!!

Até a próxima 4f! =)  

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