TEMÁTICAS TRATADAS AQUI

SÃO TANTOS OS TEMAS IMPORTANTES E INTERESSANTES NA ÁREA... SE NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2012 PROPUS UM RECORTE EM TORNO DA ALFABETIZAÇÃO/ LETRAMENTO, DE SETEMBRO 2012 A FEVEREIRO 2013 A QUESTÃO FOCAL FOI A PRIMEIRA INFÂNCIA. ASSIM SENDO, A PARTIR DE ENTÃO O PAPO VAI SER OUTRO... TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO - PODE? APROVEITEM! =)



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Começando pelo discurso oficial...

Como primeira postagem desse BLOG recém inaugurado, penso que seria bom começarmos nos debruçando sobre materiais disponíveis... Que tal retomarmos as Orientações Gerais para o Ensino Fundamental de 9 anos, disponibilizadas pelo MEC, escritas pela Secretaria de Educação Básica, pelo Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental, e pela Coordenação Geral do Ensino Fundamental?

Na medida em que a ideia é retomar/gerar discussões a partir de pequenos textos, elejo como questão para iniciarmos nosso debate, um dos pontos destacados por Rubens Alves e elencado no documento supracitado: como está proposta/organizada a estrutura espacial da escola?

Como pontapé inicial, conto um fato por mim vivenciado: ano passado fui convidada a ir contar uma história para um grupo de crianças do 1º. ano de uma escola pública num estado da região sudeste. As carteiras enfileiradas impediam que eu saísse do canto perto da porta, pois as filas começavam com as crianças grudadas na parede frontal da sala e terminavam na parede dos fundos. Cada criança que precisasse sair de seu lugar tinha que solicitar que amigos também saíssem e assim sucessivamente até elas alcançarem o destino – fosse este destino a porta da sala, ou a mesa da professora.

Aí eu pergunto: seria esse um tipo de agrupamento que favorece o processo de produção de conhecimento?

É inegável que, a despeito do número de crianças na sala de aula, a opção que fazemos pela disposição das carteiras pode favorecer, ou prejudicar o processo de ensino-aprendizagem. Cabe sempre perguntar: a maneira como estamos dispondo as mesas possibilita a circulação das meninas e meninos? Favorece a troca entre eles, e deles com o(a) professor(a)? A organização da sala torna possível propor atividades não apenas individuais, mas também em duplas, ou grupos de forma a dinamizar as ações pedagógicas? A estrutura espacial geral privilegia a autonomia das crianças? Os materiais, livros e brinquedos estão ao seu alcance? Em suma, a opção que foi escolhida para a arrumação da sala favorece uma ação comunicativa construtiva entre os diferentes sujeitos que compõem o cenário da sala de aula?

Não esquecendo que a escola não é uma entidade isolada composta por subgrupos também isolados em suas salas de aula, cabe ainda indagar sobre a estrutura espacial mais ampla: na escola há espaços que possibilitem a interação da criança com a natureza? Espaços que lhe assegurem o direito de brincar livremente? E ainda: o espaço escolar tem possibilitado o convívio e a troca entre crianças de idades diversas? Dos diferentes professores entre si? Dos atores sociais da escola com a comunidade circunvizinha?

Vamos conversar sobre isso, opinar e partilhar nossas experiências nesse BLOG?

Afinal, “o modelo educacional vigente não provocou mudanças efetivas de comportamento para construir uma cidadania solidária, responsável e comprometida com o País e com seu futuro.” (MEC/SEB/DPE/COEF. Ensino Fundamental de 9 anos - orientações gerais. 2004, p.8) – mas nós somos parte disso e podemos ajudar fazendo a nossa parte!

5 comentários:

  1. Isabel, gostei muito da pagina do facebbok e deste blog aqui também. Tenho grande interesse em estar com pessoas que repensem a escola mas desta forma a partir do sistema.
    Os documentos são muito interessantes e coerentes até o ENEM , o que me intriga é porque as palavras nele parecem ser mortas. E porque o sistema educacional não promove um sujeito (professor) criativo. A ponto de cruzar o aprendizado de forma como fazemos na vida em nosso dia a dia. Por exemplo. Se faço uma projeto (de carater pessoal) que venha me enriquecer procuro as mais variadas formas para que ele aconteça. Isso me parece um grande hiato nesta dita pedagogia. Sou assistente social de formação, e atuo na educação não formal há anos ! Agora estou tentanto cursar pedagogia, para ver de perto estas questões e hipóteses que trago. Concordo com vc quando disse em outro post que a escola é da comunidade. Ações para traduzir esta afirmação penso que não conheço e nunca vi.
    Espero que seu blog "pegue fogo" e estarei sempre por aqui! Muito Prazer em conhece-la!! E vamos ver no que vai dar...

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  2. Olá, Rosana! Fico muito feliz com sua visita ao BLOG e, principalmente, com seu comentário. Um dos objetivos aqui é, justamente, tornar mais "vivas" estas "palavras oficiais" - que são boas! - de maneira a dinamizar mais nossa troca e, sobretudo, dar visibilidades às tantas experiências bacanas que acontecem por esse Brasil! Conto com vc para o BLOG "pegar fogo"!! =)
    Bjs, Bel

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    1. Isabel obrigada pelo retorno! Mas a prática de comentar em blogs também é um exercício novo, né? Por isso sinto-me muito a vontade em lhe perguntar se fui suficientemente clara no post anterior, ou se vc quer que eu retome algum ponto que me confundi. Caso isso aconteça, por favor me devolva a questão assim poderei me esforçar para ser mais clara possível.
      Não é tarefa fácil expressar situações em crise nas palavras escritas... rssrsrsrs.. e mais uma vez obrigada pelo espaço!

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  3. Oi Rosana! Minha ideia não seria de eu ter respostas ou perguntas para tudo/todos, até pq já sou eu escrevendo as postagens e isso diminui a ampliação do diálogo. Portanto, não se preocupe se a questão está, ou não, bem formulada... Apenas retomando um pouco mais sua primeira postagem, acho complicado generalizar que o sistema educacional não promove professores criativos, sobretudo pq há inúmeras questões relacionadas à criatividade, ou não, das pessoas, não é mesmo? Não se trata de uma simples relação de causa-efeito. Mas concordo que um desafio permanente daqueles que educam é buscar dar significação ao aprendizado da forma como fazemos na vida em nosso dia a dia.
    É isso aí! Vamos tricotando! Bjs, Bel

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  4. Isabel, somente hj voltei ao blog, e vi seu retorno. Obrigada! Vi que vc já colocou muita coisa!! Vou le-las com calma para não perder este tricô.

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