TEMÁTICAS TRATADAS AQUI

SÃO TANTOS OS TEMAS IMPORTANTES E INTERESSANTES NA ÁREA... SE NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2012 PROPUS UM RECORTE EM TORNO DA ALFABETIZAÇÃO/ LETRAMENTO, DE SETEMBRO 2012 A FEVEREIRO 2013 A QUESTÃO FOCAL FOI A PRIMEIRA INFÂNCIA. ASSIM SENDO, A PARTIR DE ENTÃO O PAPO VAI SER OUTRO... TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO - PODE? APROVEITEM! =)



quarta-feira, 18 de julho de 2012

Criança o dia todo na escola?! É tudo de bom!!! – compartilhando a experiência de Coronel Fabriciano


Perdoem-me o “sumiço”, mas o corre-corre por aqui ainda está grande. Tudo indica que, finalmente, vou poder voltar a me regrar um pouco mais e sistematizar postagens semanais aqui neste BLOG e no Repensando Museus... Ai, ai...Tomara!! =)

Bem, o último município visitado por mim para a consultoria sobre o Ciclo da Alfabetização foi em MG – Coronel Fabriciano, no Vale do Aço mineiro. Assim como nos demais municípios visitados, a jornada de trabalho lá também foi bastante puxada. Comecei com grande atraso de voo, perda de conexão, necessidade de mudança de planejamento... Mas nada afetou o carinho do acolhimento de toda a equipe da Secretaria, destacando-se a Álen Carla, Gerente Pedagógica com quem mantive contato durante a pesquisa, e toda a atenção dispensada pela Secretaria Municipal de Educação, Glória.

Logo em nossa reunião inicial fica clara a concepção de infância como tempo alargado, que inclui as meninas e meninos até seus 10 anos de idade, bem como uma perspectiva de educação infantil não preparatória, mas que não se furta a favorecer experiências diversas e plenas de significação às crianças. Contam-me, também, que desde 2000 implantaram o sistema de Ciclos de Temporalidades Humanas (Infância/ Pré-Adolescência/ Adolescência) como forma de estruturação da rede.  Neste município mineiro, visitei duas escolas: a EM Said Albeny e a EM Dom Lélis Lara.

Merece destaque nesta narrativa que a rede pública municipal de Coronel Fabriciano comporta 14 escolas, das quais 12 já oferecem 45h/semanais às crianças, com 4 refeições e atividades que vão desde oficinas de apoio em várias áreas, como ainda dança, percussão, karatê etc. Mas não imaginem que se trata de “dancinha ou musiquinha para criancinha”... Nem pensar!! Falo de um trabalho sério e comprometido, com bons profissionais – tive o privilégio de assistir a algumas apresentações emocionantes e contagiantes!!


A proposta municipal já se estruturava na crença de que o turno estendido era importante para as crianças e, aos poucos, o município ia equipando suas escolas. Com a verba do Programa Mais Educação, do Governo Federal, essa proposta de horário integral tomou ainda mais impulso, e se consolidou de forma a poderem qualificar e ampliar aquilo que já estava sendo oferecido.

Segundo o depoimento de professores deste município, o tempo integral aumenta a autoestima das crianças; e, da minha parte, atesto ter sido muito interessante presenciar meninas e meninos que no turno da manhã estavam enfrentando dificuldades de aprendizagem nas salas de aula, de tarde estarem brilhando à frente da percussão e/ou da dança. Ainda segundo estes professores, a elevação da autoestima já aponta reflexos positivos no envolvimento e rendimento pedagógico do alunado.

Pais do turno integral de Coronel Fabriciano também deram depoimentos muito favoráveis, afirmando que o temor inicial com a sobrecarga de tempo se esvaiu rapidamente diante do encantamento e alegria expressos pelas crianças e evidenciados por seu desejo de participação. Famílias e escolas confirmam que a evasão e o absenteísmo infantis caíram drasticamente. Este é o desafio! Potencializar conjuntamente as intervenções, sempre em prol das crianças.

Por fim, puxando a brasa para a questão do acesso à leitura, a EM Said Albeny, se antes tinha uma Biblioteca, com o Programa Mais Educação pode oferecer um espaço mais acolhedor e dinâmico, com melhor infraestrutura – e, consequentemente, crianças e adultos têm mais acesso à literatura, livros de pesquisa e estudo, e ao universo letrado em geral.


Livros escritos e ilustrados pelas crianças também ficam orgulhosamente dispostos nas paredes.

Além disso, desenvolvem o projeto Literarte, que disponibiliza livros em espaço aberto, debaixo de uma escada, para as crianças lerem durante o recreio.

O incentivo à leitura, aliás, é perceptível mesmo em escolas cujas bibliotecas não são tão sofisticadas, como é o caso da EM Dom Lélis Lara. Também na hora do recreio dispõe revistinhas e livros menores pendurados em árvores para deleite de seus pequenos leitores.


O município de Coronel Fabriciano também deve ser destacado como aquele que muito vem se empenhando na inclusão de crianças especiais, bem como no atendimento às diferentes dificuldades de aprendizagem – mas isso já requer outra postagem! =)

2 comentários:

  1. Parabéns Bel pelo relato e parabéns para a escola... mas que eu fiquei com um ciuminho deste turno estendido eu fiquei... é um desejo e um pedido da Guido desde 2008... mas quem sabe um dia...

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  2. hehehe!!! Não é por falta de torcida, Tati!! =)

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