No mês
passado assumi a Direção do Núcleo Pedagógico da Xmile Learning, uma empresa de
e-learning que já estará no mercado em 2014. Na minha equipe, trabalha Juliana
Uggioni, que foi minha orientanda de Mestrado em SC e está finalizando agora
seu Doutorado aqui no RJ. Entre as taaaaannnntttaaass coisas que Juli está
fazendo, ela tem garimpado notícias sobre Educação e Tecnologia, lido, feito
pequenos releases e comentado à luz das nossas crenças pedagógicas na Xmile. Então,
pensei: por que não partilhar isso com @s leitor@s do Repensando Escolas?
Não nos
interessa aqui no Blog elogiar, ou criticar as experiências evidenciadas nas
reportagens, mas problematizá-las e, a partir delas, pontuar algumas reflexões
que julgamos interessantes. Então, lá vai a primeira postagem da área, que
pretende ajudar a pensar sobre a importância de repensarmos as propostas
metodológicas correntes em salas de aula... A matéria sobre a qual Juli se debruçou
foi: “Rio inaugura escola sem salas,
turmas ou séries”
Segundo o
artigo, o projeto educacional GENTE - Ginásio Experimental de Novas Tecnologias
–, iniciativa do governo municipal do Rio de Janeiro, se desenvolverá na escola
Municipal André Urani, na Rocinha. A proposta do projeto é fazer uma coisa nova,
criar uma escola na qual paredes, lousas, mesas individuais e professores
tradicionais não existam mais e, no lugar disso, coexistirão grandes salões,
tablets, grupos e mentores.
O modelo proposto
de ensino-aprendizagem pretende se consolidar como uma oportunidade na qual o estudante
possa ser protagonista do próprio aprendizado, entendendo o processo de
ensino-aprendizagem como pessoal, social e contextualizado. Primeiramente
participarão os jovens – que estejam entre o 7º. e o 9º. Ano do Ensino
Fundamental –, que serão divididos em equipes de seis membros, intitulados de
“famílias”, independentemente de sua série de origem. Sendo estas famílias compostas por afinidade e pela
escolha dos próprios estudantes, e orientados por mentores da família, ou seja, os professores.
No Projeto
GENTE, os estudantes terão jornada integral, com opções de escolha de grupos de
estudo de língua estrangeira, robótica, esportes, artes, desenvolvimento de
blogs. Para a realização deste Projeto, a inovação tecnológica foi fundamental,
pois para garantir que os estudantes tivessem a opção de escolha entre o
ambiente real e o virtual, foram distribuídos tablets com acesso a internet.
Também
coadunamos com a ideia de que os estudantes sejam protagonistas dos seus
próprios aprendizados e preocupa-nos a distância entre aquilo que está sendo comumente
oferecido a eles em suas salas de aula versus
seus legítimos interesses, seus contextos reais de vida, seus desafios cotidianos.
Neste sentido, concordamos que a tecnologia pode, sim, ajudar – pois propicia
uma espécie de ensino híbrido – mas ela, por si só, não é suficiente (e podemos
perceber que, na maioria dos casos, os sites têm reproduzido, no mundo virtual,
exatamente a mesma sistemática – enfadonha e repetitiva – do mundo físico...). Entendemos
que o maior desafio de Projetos como este não se centra em sua inovação
tecnológica, mas, mais do que isso, em pensar estratégias de inovação
pedagógica que, amparadas pela tecnologia, possam mudar a forma de ensinar-aprender.
Aí, sim, está a maior revolução que se precisa empreender no campo educacional.
O que você
acha sobre isso? Bjs, Bel e Juli
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